Meu muito querido
escrevo-te com as palavras impressas no meu coração. Aqui neste meu quarto revestido de saudade e solidão.
Um dia distante no tempo, alguém me confidênciara, que, a saudade era mortal: que como um vírus pode destruir as camadas mais profundas do nosso ser. Não acreditei.
Eu vivia dias gloriosos, a alegria era parte intrinseca a meu ser.
Não. Jamais, a saudade me poderia afetar, muito menos matar.
Afinal eu tinha a vida. Eu era a vida em espendor.
Como me enganei, meu querido.
Quando cruzámos nossos caminhos e nossos corações se fundiram num só, percebi que só então eu ganhara o verdadeiro dom da vida. Sim, o amor fez-me acreditar numa força maior. O amor...esse fogo que arde sem se ver, como dizia o poeta.
Um fogo que alastrava a cada dia e nos envolvia nas chamas apelativas do desejo.
Fomos felizes! Acreditávamos um no outro.
Viviamos um para o outro, mas a luz que de nós emanava, acabava por iluminar nossos familiares e amigos.
As flores que me oferecias,...belas, perfumadas...por Deus eram abençoadas.
As que guardo junto de mim, agora no momento em que me encontro só, ainda transpiram o teu cheiro.
A maldade nos separou.
A inveja não olha a meios para conseguir concretizar seus intentos.
A inveja personificou-se no corpo de Penélope que te seduziu.
Apelei a todos os anjos e santos. Roguei que te devolvessem a mim, a quem pertences.
De nada serviu. Enfeiticou-te com aqueles olhos de corça e mãos de seda.
Agora a solidão alastra, a saudade sufoca.
De noite quando olho as estrelas e vejo teu rosto na lua sinto faltar-me o ar.
Falta-me o chão.
E neste desassossego de que é feito meus dias, sinto-me envelhecer. Definho um pouco mais a cada lua que passa.
Eu que dizia que a saudade não mata!!!!
Ah, mata sim.
Sinto que perdi o vigor.
Meu riso foi-se nos vendavais. Estou triste e só, corcomida como uma velha cómoda despejada no sotão.
Luto, mas não consigo visualizar um pouco de luz.
Que Deus tenha em conta meu muito penar.
Mas, diz-me. Diz-me porque me apagaste a luz do sol.
Onde se escondeu o amor que me dedicavas? porque o deixaste morrer tão cedo?
Sabes que ainda te amo?
E esta saudade tão grande que sufoca...
que sejas feliz.
Eu apenas vivo de lembranças.
Solidão maldita.
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sábado, 31 de agosto de 2013
Poeta Dolandmay Walter
UM DIA DE AMOR
Do teu amor só me restou a saudade
De quando ao teu coração eu fui de pulsar...
Do dia em que juntos marcamos
Pra amar e sorrir, e dormir e sonhar...
Um amor de verdade nos foi de sentir
Quando deixamos ao peito fingir
Que juntos seríamos de amar sem chorar...
Solidão, agora, comigo é o que sinto
Da tua graça, que foi de partir...
E nessa hora só sei recordar
Da paixão que senti, e contigo levou...
Saudade que existe, amor sem findar...
Coração tão distante me volta a bater...
Em mim, não sei mais esquecer
O que o teu amor me fez enxergar...
Meu amor, numa vida sem ninguém
Tudo é triste, tudo é solidão...
O teu amor, é pra mim o que eu preciso
Pra amar e sorrir, e dormir e sonhar...
Do teu amor só me restou a saudade
De quando ao teu coração eu fui de pulsar...
Do dia em que juntos marcamos
Pra amar e sorrir, e dormir e sonhar...
Um amor de verdade nos foi de sentir
Quando deixamos ao peito fingir
Que juntos seríamos de amar sem chorar...
Solidão, agora, comigo é o que sinto
Da tua graça, que foi de partir...
E nessa hora só sei recordar
Da paixão que senti, e contigo levou...
Saudade que existe, amor sem findar...
Coração tão distante me volta a bater...
Em mim, não sei mais esquecer
O que o teu amor me fez enxergar...
Meu amor, numa vida sem ninguém
Tudo é triste, tudo é solidão...
O teu amor, é pra mim o que eu preciso
Pra amar e sorrir, e dormir e sonhar...
Carlos Manuel Alves Margarido
Portas do tempo
Agora não dói,
Feridas esquecidas,
Fecharam-se as janelas à solidão.
Portas de desejos abertas
Agora…beija-me.
Repetidamente.
Abraça-me…perpétuamente.
Hoje, amanhã…
No passado pediste.
As feridas saradas,
Janelas abertas,
Portas fechadas, nas paredes.
Do Amor onde habitamos.
Agora não dói,
Feridas esquecidas,
Fecharam-se as janelas à solidão.
Portas de desejos abertas
Agora…beija-me.
Repetidamente.
Abraça-me…perpétuamente.
Hoje, amanhã…
No passado pediste.
As feridas saradas,
Janelas abertas,
Portas fechadas, nas paredes.
Do Amor onde habitamos.
Élia Morais Araújo
“De um Olhar “
Gostaria de te ter…
Mas, sempre que em ti embarco…
Passas, usas-me a correr…!
Não te sinto, nem um passo!
E esses teus dedos perfeitos,
Mãos, a cambraia do sol,
Traçam-me, neste só leito,
O sonho que era um farol!
Porque te afastaste amor!
Da minha porta, vitral?
Da minha sede, calor!?
Por ti, morro…até morrer…
Em mim, lonjura imortal,
Percorro-te, sem querer…
Gostaria de te ter…
Mas, sempre que em ti embarco…
Passas, usas-me a correr…!
Não te sinto, nem um passo!
E esses teus dedos perfeitos,
Mãos, a cambraia do sol,
Traçam-me, neste só leito,
O sonho que era um farol!
Porque te afastaste amor!
Da minha porta, vitral?
Da minha sede, calor!?
Por ti, morro…até morrer…
Em mim, lonjura imortal,
Percorro-te, sem querer…
Agostinho Borges de Carvalho
Pausa
Nas margens deste rio,estendo meu corpo
Deixo a água da sabedoria
Enriquecer este vendaval de ossos
E nas articulações descubro harmonia
Nos gestos e rituais ensolarados
Meus humoes quedam-se,ficam pasmados
Uma nesga de amor provém dum raio solar
Interstícios de existir,vocabulário novo a esvoaçar.
Qual gaivota,voando de espanto,o mar
Enche meu ser de estrelas e sonhos até ao canto lunar.
Silêncio e Pausa,quebra-se o impetuoso desdém
Na vida,nos mitos e poemas eles saciam-se e falam deste além.
O silêncio redime-nos,expurga-nos a violência
Seremos imortais com liberdade,sonho e tolerância.
De Silêncio e Paz
Tudo se faz.
Nas margens deste rio,estendo meu corpo
Deixo a água da sabedoria
Enriquecer este vendaval de ossos
E nas articulações descubro harmonia
Nos gestos e rituais ensolarados
Meus humoes quedam-se,ficam pasmados
Uma nesga de amor provém dum raio solar
Interstícios de existir,vocabulário novo a esvoaçar.
Qual gaivota,voando de espanto,o mar
Enche meu ser de estrelas e sonhos até ao canto lunar.
Silêncio e Pausa,quebra-se o impetuoso desdém
Na vida,nos mitos e poemas eles saciam-se e falam deste além.
O silêncio redime-nos,expurga-nos a violência
Seremos imortais com liberdade,sonho e tolerância.
De Silêncio e Paz
Tudo se faz.
António Pereira Vieira Silva
Sinto um arrepio
A noite está calma
Ouço o soprar de uma leve brisa
Não vejo nada sem sentir
Não sou nada sorrir,
Mas ao meu lado sinto uma presença
Olha-me com um olhar mórbido
Até parece que sinto o seu forte odor a morte,
Sei que me perseguem toda a noite
Estes fantasmas do meu passado!
Em cada canto do meu caminho
Uma voz segreda-me e ameaça-me,
Tenho medo!
Tenho tanto medo, mas é tão difícil admiti-lo!
Não me vejo preparado, tudo é segredo,
Por vezes aproximam-se
A escuridão cerca-me
A dor vai e vem como se a minha vida fosse um jogo!
Eu digo:
" - Mata-me!
Ao menos mata-me agora, enquanto ainda não sou ninguém!
Devora-me para que nunca mais acorde,
Tenho medo, apenas para que saibas!
Tenho medo, não quero a tua piedade mas sim um pingo de dignidade!"
Eu, sou eu e tenho tanto medo!
Ainda sinto a presença que cada vez mais se aproxima!
Imagino, no intimo do meu medo, um olhar perturbado observando-me!
Imaginem! Observando-me, como se eu fosse alguém que já se mostrou!
Mas nada sou, nada tenho, nada serei para além do Eu que o tempo, moldou!
Sinto um arrepio de morte!
A noite está calma
Ouço o soprar de uma leve brisa
Não vejo nada sem sentir
Não sou nada sorrir,
Mas ao meu lado sinto uma presença
Olha-me com um olhar mórbido
Até parece que sinto o seu forte odor a morte,
Sei que me perseguem toda a noite
Estes fantasmas do meu passado!
Em cada canto do meu caminho
Uma voz segreda-me e ameaça-me,
Tenho medo!
Tenho tanto medo, mas é tão difícil admiti-lo!
Não me vejo preparado, tudo é segredo,
Por vezes aproximam-se
A escuridão cerca-me
A dor vai e vem como se a minha vida fosse um jogo!
Eu digo:
" - Mata-me!
Ao menos mata-me agora, enquanto ainda não sou ninguém!
Devora-me para que nunca mais acorde,
Tenho medo, apenas para que saibas!
Tenho medo, não quero a tua piedade mas sim um pingo de dignidade!"
Eu, sou eu e tenho tanto medo!
Ainda sinto a presença que cada vez mais se aproxima!
Imagino, no intimo do meu medo, um olhar perturbado observando-me!
Imaginem! Observando-me, como se eu fosse alguém que já se mostrou!
Mas nada sou, nada tenho, nada serei para além do Eu que o tempo, moldou!
Sinto um arrepio de morte!
Teresa Teixeira
Aprender a amar
Do universo chegou uma mensagem
De luz de amor de um mimo especial
De tanta ternura que me fez chorar
Falava de amor…amor…amor!
E, eu aqui com esta dor, sem solução
Então naquela mensagem peguei e adorei
De ter sido enviada para mim e ter fim
Fim de morrer mas querer viver, por ti
Viver um amor verdadeiro como o primeiro
Sentir o perfume do beijo com o desejo
O fluir com a rosa a surgir de tanto ensejo
O querer tanto entrar nessa magia e perdurar
Do universo uma mensagem foi enviada
Amor...amor…amor…sem medo sem receio
E, meu coração pediu em oração a solução
E, bem pertinho da alma, ele suspirou e a abraçou!
Do universo chegou uma mensagem
De luz de amor de um mimo especial
De tanta ternura que me fez chorar
Falava de amor…amor…amor!
E, eu aqui com esta dor, sem solução
Então naquela mensagem peguei e adorei
De ter sido enviada para mim e ter fim
Fim de morrer mas querer viver, por ti
Viver um amor verdadeiro como o primeiro
Sentir o perfume do beijo com o desejo
O fluir com a rosa a surgir de tanto ensejo
O querer tanto entrar nessa magia e perdurar
Do universo uma mensagem foi enviada
Amor...amor…amor…sem medo sem receio
E, meu coração pediu em oração a solução
E, bem pertinho da alma, ele suspirou e a abraçou!
Gil Ordonio
Ceticismo Absoluto
Existem coisas na minha vida
Que eu gostaria muito de esquecer
São coisas que muito me magoam
E que em nada me fazem crescer
Foram momentos de grande dor
Situações de desamor
Noites sem brilho e sem cor
Em todos esses momentos faltou você
Pelas estradas da vida percorri
Sempre com a alma e os pés desnudos
Sobretudo desarmada e despreparada
Para essa falta de você nisso tudo
E nessa minha jornada sempre busquei
Afogar as mágoas por tudo que deixei...
E tudo em mim não mais se fez
Num momento de ceticismo absoluto
E mesmo sabendo ser em vão qualquer tentativa
De esquecer o tudo que um dia me fizesse viver
E talvez seja por isso que eu ainda procure
Uma outra chance de ter de volta você
E sofro diante de cada luta perdida
De cada sonho desfeito, onde minha alma ressentida
Ainda vive a lhe desejar de forma atrevida
Pois sei o quanto, ainda vives a me querer
Existem coisas na minha vida
Que eu gostaria muito de esquecer
São coisas que muito me magoam
E que em nada me fazem crescer
Foram momentos de grande dor
Situações de desamor
Noites sem brilho e sem cor
Em todos esses momentos faltou você
Pelas estradas da vida percorri
Sempre com a alma e os pés desnudos
Sobretudo desarmada e despreparada
Para essa falta de você nisso tudo
E nessa minha jornada sempre busquei
Afogar as mágoas por tudo que deixei...
E tudo em mim não mais se fez
Num momento de ceticismo absoluto
E mesmo sabendo ser em vão qualquer tentativa
De esquecer o tudo que um dia me fizesse viver
E talvez seja por isso que eu ainda procure
Uma outra chance de ter de volta você
E sofro diante de cada luta perdida
De cada sonho desfeito, onde minha alma ressentida
Ainda vive a lhe desejar de forma atrevida
Pois sei o quanto, ainda vives a me querer
Telma Estevao
Tão tua…
Fecho os meus olhos e sinto-te
No aconchego do meu travesseiro…
Escuto a brisa suspirando
E o eco crescente dos teus-meus sonhos
A dizer-me amo-te baixinho
Gemo esta ânsia… em sintonia...
Sinto a saliva dos teus beijos plenos e risonhos
Poisados no relevo dos meus seios
Experimento o despontar do teu sorriso
O germinar da tua essência insaciada
E o enleio do teu coração tatuado ao meu.
O teu carinho vai penetrando mansamente
Na raiz imaculada da minha alma…
De mãos dadas voamos serenos
Abraçamos quimeras
E bebemos pequenos-grandes gestos.
Ao colo um do outro
E sem pressa para adormecer
Abrimos e absorvemos
Perfumes suaves, jardins e mares vedados
Semeamos pensamentos meigos, ternos
E cativos…
Colhemos jorros de palavras perfumadas.
Quando me habitas
E vestes o meu corpo de amor e luz…voo serena
No fogo que me envolve…
Tremo por dentro, divago e aceno
Agarro-me a este momento
A este instante mítico
Por ti fico louca e dilato o tempo…
Sem ti …abraço-me ao meu corpo frio
Incendeio o meu ventre e …findo…
Tão tua…
Fecho os meus olhos e sinto-te
No aconchego do meu travesseiro…
Escuto a brisa suspirando
E o eco crescente dos teus-meus sonhos
A dizer-me amo-te baixinho
Gemo esta ânsia… em sintonia...
Sinto a saliva dos teus beijos plenos e risonhos
Poisados no relevo dos meus seios
Experimento o despontar do teu sorriso
O germinar da tua essência insaciada
E o enleio do teu coração tatuado ao meu.
O teu carinho vai penetrando mansamente
Na raiz imaculada da minha alma…
De mãos dadas voamos serenos
Abraçamos quimeras
E bebemos pequenos-grandes gestos.
Ao colo um do outro
E sem pressa para adormecer
Abrimos e absorvemos
Perfumes suaves, jardins e mares vedados
Semeamos pensamentos meigos, ternos
E cativos…
Colhemos jorros de palavras perfumadas.
Quando me habitas
E vestes o meu corpo de amor e luz…voo serena
No fogo que me envolve…
Tremo por dentro, divago e aceno
Agarro-me a este momento
A este instante mítico
Por ti fico louca e dilato o tempo…
Sem ti …abraço-me ao meu corpo frio
Incendeio o meu ventre e …findo…
Tão tua…
Mô Schnepfleitner
S.O.S
as vezes
quase sempre
ela não sabe
o que não quer
muito menos
o que quer
tal a confusão
do seu coração
perdeu o controle
perdeu o limite
do seu próprio
desejo do querer
ela quer voar
para longe
muito longe
sozinha e sozinha
para se encontrar
encontrar seu eu
seu eu tão perdido
seu prumo
seu caminho
ou se perder
de uma vez
por todas
e para sempre...
as vezes
quase sempre
ela não sabe
o que não quer
muito menos
o que quer
tal a confusão
do seu coração
perdeu o controle
perdeu o limite
do seu próprio
desejo do querer
ela quer voar
para longe
muito longe
sozinha e sozinha
para se encontrar
encontrar seu eu
seu eu tão perdido
seu prumo
seu caminho
ou se perder
de uma vez
por todas
e para sempre...
sexta-feira, 30 de agosto de 2013
Céu Pina
O poço
Há um poço,
Na luz caída.
Estagnado silêncio,
Importando sombras,
Fechadas na ferida.
Olhos cegos de sal,
Abismo penetrante.
Medo tem pernas,
Raiz no sangue.
Vi sois de vida.
Escurecem o sorriso,
Gotas rubras,
Nas folhas maçadas.
Pulsos, amarrados na lembrança,
Espero…
Em um instante,
Que tanto esperei.
Esquecida nas águas escuras,
Morri…
Onde já existia a morte.
Lágrimas frias,
No chão que piso,
Deixo cair,
O que não sinto mais.
Há um poço,
Na luz caída.
Estagnado silêncio,
Importando sombras,
Fechadas na ferida.
Olhos cegos de sal,
Abismo penetrante.
Medo tem pernas,
Raiz no sangue.
Vi sois de vida.
Escurecem o sorriso,
Gotas rubras,
Nas folhas maçadas.
Pulsos, amarrados na lembrança,
Espero…
Em um instante,
Que tanto esperei.
Esquecida nas águas escuras,
Morri…
Onde já existia a morte.
Lágrimas frias,
No chão que piso,
Deixo cair,
O que não sinto mais.
Joel Arsenio Baptista Lira
“ Recordar e acordar “
Às vezes é bom trazer à memória,
um acontecimento passado, vivido,
que tenha bem marcado a nossa história,
e que não tenha desaparecido!
Coisas que não se vão perder da ideia,
factos que não iremos esquecer,
enquanto houver o bom sangue na veia,
a memória, dá-nos força e saber!
E eu sei o que tenho a recordar,
do sonho que faz do chão levantar,
ao meditar no passado e presente…
Se esqueci já das mil ondas do mar,
outras, aqui hão-de também ficar
até ao dia que não seja gente!
Às vezes é bom trazer à memória,
um acontecimento passado, vivido,
que tenha bem marcado a nossa história,
e que não tenha desaparecido!
Coisas que não se vão perder da ideia,
factos que não iremos esquecer,
enquanto houver o bom sangue na veia,
a memória, dá-nos força e saber!
E eu sei o que tenho a recordar,
do sonho que faz do chão levantar,
ao meditar no passado e presente…
Se esqueci já das mil ondas do mar,
outras, aqui hão-de também ficar
até ao dia que não seja gente!
Ró Mar
“A ARTE”
A arte mistura-se na paleta
E pincela-se na tela;
Nasce a obra, a aguarela
Que se inventa no seio do artista
E se cresce nas cores da vista;
Pelo sensorial consciente
Se deleitam as cores da natureza
Que amanhecem na tela
Que é a aurora d’arte;
São cravos, papoilas, lírios…
Uno momento,
Um campo de fogo e delírios;
Amarelos, vermelhos, violetas
E outros demais, quantas letras
Para soletrar neste fogo-de-artifício
À vida, quão belo oficio.
Unem-se os trovadores,
Os poetas, os artistas,
Os pintores…
Na paleta do pensamento
E se cresce pelo pincel o desejo…
Poesia, musica, pintura…o realejo;
As expressões de beleza
Que são a alma do artista
E o brasão de culturas_
_A ARTE, uma surpresa.
A arte mistura-se na paleta
E pincela-se na tela;
Nasce a obra, a aguarela
Que se inventa no seio do artista
E se cresce nas cores da vista;
Pelo sensorial consciente
Se deleitam as cores da natureza
Que amanhecem na tela
Que é a aurora d’arte;
São cravos, papoilas, lírios…
Uno momento,
Um campo de fogo e delírios;
Amarelos, vermelhos, violetas
E outros demais, quantas letras
Para soletrar neste fogo-de-artifício
À vida, quão belo oficio.
Unem-se os trovadores,
Os poetas, os artistas,
Os pintores…
Na paleta do pensamento
E se cresce pelo pincel o desejo…
Poesia, musica, pintura…o realejo;
As expressões de beleza
Que são a alma do artista
E o brasão de culturas_
_A ARTE, uma surpresa.
Margarida Cimbolini
DESERTO
o cheiro da areia quente e mole
os grãos minúsculos e finos
voando no ar
as sombras de nada
como espelhos de água
,,vazios
a secura da pele das mãos dos pés
a boca seca aguardando maior secura
os olhos abertos semicerrando-se
e ainda assim querendo ver
o zero o zero de tudo mas não redondo
quadrado horizontal imenso e duro
o vazio cheio da alma
o medo de a perder numa duna
de a encontrar num ressalto
o ser movendo-se num salto
áspero e dolente moldando-se na mente
o deserto é como a vida
vem e vai-se num repente
o cheiro da areia quente e mole
os grãos minúsculos e finos
voando no ar
as sombras de nada
como espelhos de água
,,vazios
a secura da pele das mãos dos pés
a boca seca aguardando maior secura
os olhos abertos semicerrando-se
e ainda assim querendo ver
o zero o zero de tudo mas não redondo
quadrado horizontal imenso e duro
o vazio cheio da alma
o medo de a perder numa duna
de a encontrar num ressalto
o ser movendo-se num salto
áspero e dolente moldando-se na mente
o deserto é como a vida
vem e vai-se num repente
Alfredo Costa Pereira
“UMA TARDE Á BEIRA-MAR”
A tarde era doirada e cintilante,
O murmúrio da brisa, perfumado,
E do céu para a terra chamejante
Vinham bênçãos de amor purificado…
Na imensa amplitude, o azul do mar
Docemente espelhava o azul do céu;
Ao longe, um barquinho ia a navegar,
A vela flutuava como um véu…
O sol beijava a sua vela, iluminado e quente
Que a ia transformando em oiro ardente!
E lá longe, bem longe, um par de namorados,
Não se cansavam de admirar o barco ainda
Na fascinação daquela tarde linda
Seguindo-o com seus olhos encantados!
A tarde era doirada e cintilante,
O murmúrio da brisa, perfumado,
E do céu para a terra chamejante
Vinham bênçãos de amor purificado…
Na imensa amplitude, o azul do mar
Docemente espelhava o azul do céu;
Ao longe, um barquinho ia a navegar,
A vela flutuava como um véu…
O sol beijava a sua vela, iluminado e quente
Que a ia transformando em oiro ardente!
E lá longe, bem longe, um par de namorados,
Não se cansavam de admirar o barco ainda
Na fascinação daquela tarde linda
Seguindo-o com seus olhos encantados!
Telma Estevao
Pensamentos ermos
A noite acode nua…
Sorvendo a minha alma
Quase com uma carícia crua…
Os meus olhos doentes
Gritam sem rumo
E sem tempo…
Enrugados vertem
Ecos de lágrimas peregrinas
E colhem trevas frias.
Os meus lábios curvos
Gesticulam palavras mudas
E a minha boca suave e trémula
Vai mastigando pensamentos cerrados
As sílabas branqueiam
E a voz sufoca quieta e sozinha
Nesta imensidão de tempo.
Na horizontal os meus pulmões
Não aceleram
Nem respondem
O ar foge-me…lento e disperso.
Apenas respiro um profundo cansaço
E escuto o tempo a decair-me…
A minha alma opaca e embargada
Sente o travo amargo desta nobre solidão.
Sofro as inquietações da madrugada
Sem cor e sem formas…
Na espessura da noite
As minhas mãos vazias
Escutam somente
Os ruídos vagos do orvalho.
O corpo lânguido arrefece
As artérias lassas cerram
E silenciam cada paixão rasgada.
Tudo gela em meu redor…
Adormeço moída de insónias
Pálida e estática
Com a dor que carrego no meu peito...
Tristemente afago o meu choro com melopeia
E vou escrevendo este meu breve fado…
A noite acode nua…
Sorvendo a minha alma
Quase com uma carícia crua…
Os meus olhos doentes
Gritam sem rumo
E sem tempo…
Enrugados vertem
Ecos de lágrimas peregrinas
E colhem trevas frias.
Os meus lábios curvos
Gesticulam palavras mudas
E a minha boca suave e trémula
Vai mastigando pensamentos cerrados
As sílabas branqueiam
E a voz sufoca quieta e sozinha
Nesta imensidão de tempo.
Na horizontal os meus pulmões
Não aceleram
Nem respondem
O ar foge-me…lento e disperso.
Apenas respiro um profundo cansaço
E escuto o tempo a decair-me…
A minha alma opaca e embargada
Sente o travo amargo desta nobre solidão.
Sofro as inquietações da madrugada
Sem cor e sem formas…
Na espessura da noite
As minhas mãos vazias
Escutam somente
Os ruídos vagos do orvalho.
O corpo lânguido arrefece
As artérias lassas cerram
E silenciam cada paixão rasgada.
Tudo gela em meu redor…
Adormeço moída de insónias
Pálida e estática
Com a dor que carrego no meu peito...
Tristemente afago o meu choro com melopeia
E vou escrevendo este meu breve fado…
Gil Ordonio
Na Eternidade
Nessa fresca manhã de domingo
O que será que estás a fazer?
Não sei porque, mas eu pressinto
Que pensas no que fui pra você
As vezes é assim, nossos pensamentos
Nem sempre os conseguimos parar
Eles trazem à força alguns momentos
Que na verdade não gostaríamos de lembrar
Mas assim é a vida, nada podemos fazer
Quem sabe no amanhã encontres respostas
Que hoje persegues mas não consegues ter
E que talvez nem seja o que mais gostas
E se um dia quando tudo tiveres esquecido
E algo em tua memória de mim o faça lembrar
E se porventura nesse tempo eu já tiver partido
Não se queixe, pois foi maravilhoso te amar
E se nesse momento uma lágrima vier a cair
E as lembranças não te deixar me esquecer
Pense em tudo que fez esse amor existir
E que mesmo na eternidade estarei com você
Nessa fresca manhã de domingo
O que será que estás a fazer?
Não sei porque, mas eu pressinto
Que pensas no que fui pra você
As vezes é assim, nossos pensamentos
Nem sempre os conseguimos parar
Eles trazem à força alguns momentos
Que na verdade não gostaríamos de lembrar
Mas assim é a vida, nada podemos fazer
Quem sabe no amanhã encontres respostas
Que hoje persegues mas não consegues ter
E que talvez nem seja o que mais gostas
E se um dia quando tudo tiveres esquecido
E algo em tua memória de mim o faça lembrar
E se porventura nesse tempo eu já tiver partido
Não se queixe, pois foi maravilhoso te amar
E se nesse momento uma lágrima vier a cair
E as lembranças não te deixar me esquecer
Pense em tudo que fez esse amor existir
E que mesmo na eternidade estarei com você
Maria Teresa Costa
Basta!!!
Basta de tanto sonhar
Sonhos que não posso realizar…
Basta de desejar uma felicidade
Que não existe…
Basta de sentir saudade
Que dentro de mim persiste…
Basta…basta…basta!!!
Basta de reviver
Tudo o que quero esquecer…
Basta de desejar
Ver o sol brilhar
Em dias de chuva…
Basta de querer
Um mundo mais feliz
Quando a miséria e a fome
Assola o país…
Basta…basta de dizer sim
Quando quero dizer não…
Basta de tanta razão
Que me “mata” o coração…
Basta de tanto sonhar
Sonhos que não posso realizar…
Basta de desejar uma felicidade
Que não existe…
Basta de sentir saudade
Que dentro de mim persiste…
Basta…basta…basta!!!
Basta de reviver
Tudo o que quero esquecer…
Basta de desejar
Ver o sol brilhar
Em dias de chuva…
Basta de querer
Um mundo mais feliz
Quando a miséria e a fome
Assola o país…
Basta…basta de dizer sim
Quando quero dizer não…
Basta de tanta razão
Que me “mata” o coração…
Genésio Cavalcanti
SIMPLESMENTE VIVA!
Quando a dor, a solidão
Quiser de te se aproximar...
Respire fundo, olhe a sua volta
E tente pelo menos acreditar
Que maus sentimentos guardados
Só faz da tua vida desmoronar...
Tire do peito o que te revolta!
Tente lembrar das suas virtudes
Desânimos, revoltas e inquietudes
Não devemos no peito guardar!
Basta você querer descobrir
Que de uma hora pra outra...
A vida se refaz com vicissitudes!
Não esqueça: nunca se entregue
Pois, é sempre vida que segue...
A vivermos sempre em harmonia
Para que o bem em nós conviva
Com paz, amor e muita alegria...
Te direi: SIMPLESMENTE VIVA!
Quando a dor, a solidão
Quiser de te se aproximar...
Respire fundo, olhe a sua volta
E tente pelo menos acreditar
Que maus sentimentos guardados
Só faz da tua vida desmoronar...
Tire do peito o que te revolta!
Tente lembrar das suas virtudes
Desânimos, revoltas e inquietudes
Não devemos no peito guardar!
Basta você querer descobrir
Que de uma hora pra outra...
A vida se refaz com vicissitudes!
Não esqueça: nunca se entregue
Pois, é sempre vida que segue...
A vivermos sempre em harmonia
Para que o bem em nós conviva
Com paz, amor e muita alegria...
Te direi: SIMPLESMENTE VIVA!
Celeste Leite
A TI BOMBEIRO
As tuas entranhas estremecem, ouvindo a sirene.
Mais um chamamento, mais uma viagem sem destino,
Apenas segues o roteiro, vendo a paisagem perder o seu traço de sonho.
Mas partes com o sentido guerreiro que carregas dentro de ti.
Não tens uma bússola para te guiar, apenas a tua força e os braços de Deus.
Segues todos os caminhos alternativos,nos trilhos da inquietação
Enquanto a tua alma soluça nesse longínquo e confuso mundo.
Esperas silêncio, mas vozes do infinito te direccionam no seguimento do fogo.
O teu tecto antes estável e firme, vira escombros e cacos espalhados.
Já não resta nada, apenas paisagem negra e grãos de areia,
Um oceano de cinzas, onde a dor da perda te aprisiona os sentidos.
Vês apenas escuridão na calmaria do teu equilíbrio nesta jornada.
Como uma ferida aberta no teu coração seguindo um rumo na estrada.
Ficas impotente, sem principio vital, como pó de folha seca pisada.
Apenas uma migalha de luz na metamorfose da ilusão.
Desconheces os inquietos vírus da tentação, apenas és testemunha de ti nesta guerra.
Mesmo que metade de ti já tenha partido, esperas que a outra metade ainda te sorria.
Todos os dias são assim, mesmo naqueles em que te sentes deprimido,
Soltas o teu grito de alerta nas dores do teu sofrer.
E com o teu desejo sôfrego de encontrar vida, lutas até ao fim afincadamente, mas não consegues evitar o despertar em ti pelo constrangimento da morte, onde burilam os teus piores pensamentos quando combates pelos sonhos de alguém.
Fechando sentimentos numa voragem ao passado, tentando encurtar o calendário, nas inúmeras tentativas frustradas no relógio do tempo.
É como uma busca terapeuta em todas as frentes de fogo onde te adentras e te encontras.
Um dia serás raiz de outros tempos e eras, resquícios sobre o olhar de Deus e dos homens.
Um fruto de viagem transcendente numa trajectória contundente no choro de alguém.
Mas hoje és a esperança que nos assalta a paz,
Alarde solto que se vai multiplicando nos corações aflitos e impacientes.
Devolvendo com mestria, toda a alegria na farda que incorporas.
Conduzindo com superação, dilacerando esse consumidor de oxigénio,
Que nos vai a pouco e pouco dificultando a respiração.
Tu, homem, mulher, apenas te chamam bombeiro.
Mas és e serás sempre o grande herói desta e qualquer nação!
As tuas entranhas estremecem, ouvindo a sirene.
Mais um chamamento, mais uma viagem sem destino,
Apenas segues o roteiro, vendo a paisagem perder o seu traço de sonho.
Mas partes com o sentido guerreiro que carregas dentro de ti.
Não tens uma bússola para te guiar, apenas a tua força e os braços de Deus.
Segues todos os caminhos alternativos,nos trilhos da inquietação
Enquanto a tua alma soluça nesse longínquo e confuso mundo.
Esperas silêncio, mas vozes do infinito te direccionam no seguimento do fogo.
O teu tecto antes estável e firme, vira escombros e cacos espalhados.
Já não resta nada, apenas paisagem negra e grãos de areia,
Um oceano de cinzas, onde a dor da perda te aprisiona os sentidos.
Vês apenas escuridão na calmaria do teu equilíbrio nesta jornada.
Como uma ferida aberta no teu coração seguindo um rumo na estrada.
Ficas impotente, sem principio vital, como pó de folha seca pisada.
Apenas uma migalha de luz na metamorfose da ilusão.
Desconheces os inquietos vírus da tentação, apenas és testemunha de ti nesta guerra.
Mesmo que metade de ti já tenha partido, esperas que a outra metade ainda te sorria.
Todos os dias são assim, mesmo naqueles em que te sentes deprimido,
Soltas o teu grito de alerta nas dores do teu sofrer.
E com o teu desejo sôfrego de encontrar vida, lutas até ao fim afincadamente, mas não consegues evitar o despertar em ti pelo constrangimento da morte, onde burilam os teus piores pensamentos quando combates pelos sonhos de alguém.
Fechando sentimentos numa voragem ao passado, tentando encurtar o calendário, nas inúmeras tentativas frustradas no relógio do tempo.
É como uma busca terapeuta em todas as frentes de fogo onde te adentras e te encontras.
Um dia serás raiz de outros tempos e eras, resquícios sobre o olhar de Deus e dos homens.
Um fruto de viagem transcendente numa trajectória contundente no choro de alguém.
Mas hoje és a esperança que nos assalta a paz,
Alarde solto que se vai multiplicando nos corações aflitos e impacientes.
Devolvendo com mestria, toda a alegria na farda que incorporas.
Conduzindo com superação, dilacerando esse consumidor de oxigénio,
Que nos vai a pouco e pouco dificultando a respiração.
Tu, homem, mulher, apenas te chamam bombeiro.
Mas és e serás sempre o grande herói desta e qualquer nação!
Rosângela De Souza Goldoni
UM BEM NECESSÁRIO
O sol ludibria a garoa
que teima em ocultá-lo.
O vento, em seu auxílio,
abre caminhos,
bordando um céu prateado.
À luz agora filtrada,
sonhos enlutados
ressuscitam reidratados.
Um sorriso flagrado ao acaso
revelou-se um bem necessário.
O sol ludibria a garoa
que teima em ocultá-lo.
O vento, em seu auxílio,
abre caminhos,
bordando um céu prateado.
À luz agora filtrada,
sonhos enlutados
ressuscitam reidratados.
Um sorriso flagrado ao acaso
revelou-se um bem necessário.
Antonio Montes
RUA DE DEUS
É uma cidade de Deus
aonde fazem isso ou aquilo
os crentes sempre dizem amem
ao alegra-se com seus dízimos
em mistura dos filhos teus
ninguém sabe quem é quem.
Tem mendigo e tem olhar
ruído pó fedo e poluição
arapucas com sua armadilha
também tem desculpas do cão.
tem mosquito com as larvas
te mídia e toda sua alugação.
Muito comercial e placa
tudo, tudo vende por ali
morte e entrada para o céu
menores faz roubo e assalta
no canivete faca e na piripipi.
Correria pra lá e pra cá
ninguém ali liga pra você
adeus humanidade adeus amar
a tua miséria ninguém ver
adeus gastos adeus querer.
Jogam feto no esgoto
recém, nascidos no lixo
é um povo muito torto
e todo mundo sabe disso.
Tem carroça e bicicleta
te teu chão naquela rua
tem uns meninos sapeca
e assim a vida continua.
É uma cidade de Deus
aonde fazem isso ou aquilo
os crentes sempre dizem amem
ao alegra-se com seus dízimos
em mistura dos filhos teus
ninguém sabe quem é quem.
Tem mendigo e tem olhar
ruído pó fedo e poluição
arapucas com sua armadilha
também tem desculpas do cão.
tem mosquito com as larvas
te mídia e toda sua alugação.
Muito comercial e placa
tudo, tudo vende por ali
morte e entrada para o céu
menores faz roubo e assalta
no canivete faca e na piripipi.
Correria pra lá e pra cá
ninguém ali liga pra você
adeus humanidade adeus amar
a tua miséria ninguém ver
adeus gastos adeus querer.
Jogam feto no esgoto
recém, nascidos no lixo
é um povo muito torto
e todo mundo sabe disso.
Tem carroça e bicicleta
te teu chão naquela rua
tem uns meninos sapeca
e assim a vida continua.
quinta-feira, 29 de agosto de 2013
Isnuri Bolzac
AURORA
Os elementos a aparecem
Combinam misturam plasmam
Na ânsia do ir e vir
Se fundem condensam-se
No interior da equivalência
Equidistantes
Integram-se num jogo
De encaixe e desencaixe
Na valência do tempo
Na validade do espaço
No tremor longínquo das eras
Broto plasmam em novas caras
A confabularem nau a deriva
Sobre o vindouro
Futuro das massas...
Os elementos a aparecem
Combinam misturam plasmam
Na ânsia do ir e vir
Se fundem condensam-se
No interior da equivalência
Equidistantes
Integram-se num jogo
De encaixe e desencaixe
Na valência do tempo
Na validade do espaço
No tremor longínquo das eras
Broto plasmam em novas caras
A confabularem nau a deriva
Sobre o vindouro
Futuro das massas...
Teresa Teixeira
Logo de manhã
Mal acordo meu pensamento minha alma meu tormento
Em velocidade de luz dirige-se, num só caminho aquele destino
Destino de querer viver e a vida a fugir a correr com tanta pressa
Faz doer ver tanta velocidade e ainda tanta vontade, de te amar
Tento parar o pensamento mas a desgraça não me deixa ilude-me
E, em agonia constante pego no sol nascente embriago-me com ele
Danço ao vento rio e choro em cada momento cada lamento, porquê?
E, nesta luta simbólica entre o sol e a lua, entre a chuva e o frio
Continua o vazio de tanto te querer de esperar cada alvorecer
Tentando compreender este sofrimento de alma que chora tanto
Pensando em morrer sair desta vida tão descontente deste inferno
Que tanto faz sofrer! E a alma grita liberdade de expressão diz:
O que te vai no coração! E, elevada neste querer lá caminho…
Naquela direcção do destino marcado, na minha mão…
Logo pela manhã meu pensamento em velocidade de luz
A ti me conduz!
Mal acordo meu pensamento minha alma meu tormento
Em velocidade de luz dirige-se, num só caminho aquele destino
Destino de querer viver e a vida a fugir a correr com tanta pressa
Faz doer ver tanta velocidade e ainda tanta vontade, de te amar
Tento parar o pensamento mas a desgraça não me deixa ilude-me
E, em agonia constante pego no sol nascente embriago-me com ele
Danço ao vento rio e choro em cada momento cada lamento, porquê?
E, nesta luta simbólica entre o sol e a lua, entre a chuva e o frio
Continua o vazio de tanto te querer de esperar cada alvorecer
Tentando compreender este sofrimento de alma que chora tanto
Pensando em morrer sair desta vida tão descontente deste inferno
Que tanto faz sofrer! E a alma grita liberdade de expressão diz:
O que te vai no coração! E, elevada neste querer lá caminho…
Naquela direcção do destino marcado, na minha mão…
Logo pela manhã meu pensamento em velocidade de luz
A ti me conduz!
Auber Fioravante Júnior
Face da Esperança
Auber Fioravante Júnior
Seja bem vindo!
Oh, anjo da sempre pedra esmeralda,
Adentre e flutue como o orvalho
Nas já adormecidas folhas de agosto,
Acolhidas em sua fragilidade,
Certas de um amanhecer coberto de luz!
Ah, amigo anjo!
Que bom ter-te aqui,
Mesmo sem nome, sem sobrenome,
Mas com o genoma dos quatro elementos
Compondo sua saga
Em pautas entristecidas,
Traduzindo-se em singelos acordes
Apontando para um norte sorridente!
Anjo ou arcanjo!
Seja qual for sua harpa
Que venha,
Amarela como ouro,
Vermelha como a paixão,
Azul como céu,
Verde como os sete mares,
Rosa como o amor
Emanado em beijos,
Na face da sempre esperança!
Auber Fioravante Júnior
Seja bem vindo!
Oh, anjo da sempre pedra esmeralda,
Adentre e flutue como o orvalho
Nas já adormecidas folhas de agosto,
Acolhidas em sua fragilidade,
Certas de um amanhecer coberto de luz!
Ah, amigo anjo!
Que bom ter-te aqui,
Mesmo sem nome, sem sobrenome,
Mas com o genoma dos quatro elementos
Compondo sua saga
Em pautas entristecidas,
Traduzindo-se em singelos acordes
Apontando para um norte sorridente!
Anjo ou arcanjo!
Seja qual for sua harpa
Que venha,
Amarela como ouro,
Vermelha como a paixão,
Azul como céu,
Verde como os sete mares,
Rosa como o amor
Emanado em beijos,
Na face da sempre esperança!
Margarida Sorribas
Às vezes sinto que sem o querer me afasto de mim,
Deixo de ver a luz das estrelas
E não alcanço o brilho da Lua
Nem sinto o perfume doce das rosas.
Hoje, sinto-me assim
Mas não me questionem por isso.
Não é o final de um amor
Nem o começo de um novo amor,
Sou eu que sou mesmo assim.
Não! Não vou deixar que a vida me deite outra vez
Em cama feita de penas
Nem que me embale de novo ao som de choros e lamentos
Completamente às escuras.
Não! Não vou deixar!
Não vou deixar que me traga de novo
Campos de saudades maduras
Nem que me faça boiar sobre vagas de tormentos.
Não! Não vou deixar!
Já os meus pobres olhos coitadinhos
Vivem temendo noites invernosas.
Aquietem-se meus pobrezinhos,
Foi só o coração que gemeu
Dentro deste meu peito magoado,
Onde a dor e o amor
rezavam ajoelhados, sozinhos
Em noites de amores imperfeitos silenciosos.
Não! Eu não vou deixar!
Mas que ninguém se admire de eu sentir assim
Por vezes, dentro de mim
E sem saber de onde vem
Esta angústia sem fim.
Será talvez sina minha
que me marcou ao nascer
Ou então,
Vá-se lá saber...
Sou eu que sou mesmo assim!
Deixo de ver a luz das estrelas
E não alcanço o brilho da Lua
Nem sinto o perfume doce das rosas.
Hoje, sinto-me assim
Mas não me questionem por isso.
Não é o final de um amor
Nem o começo de um novo amor,
Sou eu que sou mesmo assim.
Não! Não vou deixar que a vida me deite outra vez
Em cama feita de penas
Nem que me embale de novo ao som de choros e lamentos
Completamente às escuras.
Não! Não vou deixar!
Não vou deixar que me traga de novo
Campos de saudades maduras
Nem que me faça boiar sobre vagas de tormentos.
Não! Não vou deixar!
Já os meus pobres olhos coitadinhos
Vivem temendo noites invernosas.
Aquietem-se meus pobrezinhos,
Foi só o coração que gemeu
Dentro deste meu peito magoado,
Onde a dor e o amor
rezavam ajoelhados, sozinhos
Em noites de amores imperfeitos silenciosos.
Não! Eu não vou deixar!
Mas que ninguém se admire de eu sentir assim
Por vezes, dentro de mim
E sem saber de onde vem
Esta angústia sem fim.
Será talvez sina minha
que me marcou ao nascer
Ou então,
Vá-se lá saber...
Sou eu que sou mesmo assim!
Maria Tavares
Aquela pobre menina
Anda só pela vida.
Com fome e mal vestida .
tem dias que não come.
Anda ao frio e com fome
Pede sentada na igreja
quando alguém passa e a veja
Mas as pessoas passam a correr
e fingem nem a ver!
Coitada da petiz.
tão infeliz.
Fazendo pela vida,
sentada de mão estendida
esperando que alguém a veja
e lhe dê a moeda que deseja.
Não tem família nem vida
aquela pobre petiz…
Que não perca a esperança
de um dia poder ser feliz!
Anda só pela vida.
Com fome e mal vestida .
tem dias que não come.
Anda ao frio e com fome
Pede sentada na igreja
quando alguém passa e a veja
Mas as pessoas passam a correr
e fingem nem a ver!
Coitada da petiz.
tão infeliz.
Fazendo pela vida,
sentada de mão estendida
esperando que alguém a veja
e lhe dê a moeda que deseja.
Não tem família nem vida
aquela pobre petiz…
Que não perca a esperança
de um dia poder ser feliz!
Armindo Loureiro
Raios de Sol…
Da janela do meu quarto
Eu vejo o Sol raiar
E dele jamais me farto
Eu o vejo no teu olhar
És assim o que quero ver
Nesse raiar tão lindo
Em teu olhar vê-se o prazer
Que em mim jamais é findo
Olhas-me um pouco de soslaio
Me parecendo envergonhada
Mas bem sabes que por ti caio
Tu és bela ó minha amada
Tens a beleza original
Num corpo de criança
E jamais vi flor igual
És uma autêntica faiança
Tenho um jeito especial
Quando lido contigo
Num amor desigual
Que eu tenho por amigo
Continuo a ver raiar
Esse teu Sol fulminante
Que me pede para o amar
Agora e a todo o instante
É isso que em ti vejo
Quando olho em teu olhar
E queimo-me neste desejo
Que me estás a incendiar
Da janela do meu quarto
Eu vejo o Sol raiar
E dele jamais me farto
Eu o vejo no teu olhar
És assim o que quero ver
Nesse raiar tão lindo
Em teu olhar vê-se o prazer
Que em mim jamais é findo
Olhas-me um pouco de soslaio
Me parecendo envergonhada
Mas bem sabes que por ti caio
Tu és bela ó minha amada
Tens a beleza original
Num corpo de criança
E jamais vi flor igual
És uma autêntica faiança
Tenho um jeito especial
Quando lido contigo
Num amor desigual
Que eu tenho por amigo
Continuo a ver raiar
Esse teu Sol fulminante
Que me pede para o amar
Agora e a todo o instante
É isso que em ti vejo
Quando olho em teu olhar
E queimo-me neste desejo
Que me estás a incendiar
Jomaleu Leo
O meu pais …
O meu pais lindo único
De ouro verde
Maltratado esquecido
Por políticas e gente iguista
Todos os anos ardem as florestas
Que nos empobrecem
Manto de cinzas que nada floresce
Á sempre a lamentar as mortes
Dos que combatem os fogos
Tristeza figuras do cansaço
O meu pais não esta a arder
Esta de luto
Não só pelos que perderam a vida
Mas sobretudo
Por uma vontade de um povo
Que nada faz que nada diz
Apenas condena
O mal vem da raiz
É a mentalidade que o diz
Povo do meu pais
Levantei de novo
O explanador deste pais
Já há muito que morreu o amor há pátria
O orgulho de ser português
apelo mais uma vez ser português
É amar Portugal …
O meu pais lindo único
De ouro verde
Maltratado esquecido
Por políticas e gente iguista
Todos os anos ardem as florestas
Que nos empobrecem
Manto de cinzas que nada floresce
Á sempre a lamentar as mortes
Dos que combatem os fogos
Tristeza figuras do cansaço
O meu pais não esta a arder
Esta de luto
Não só pelos que perderam a vida
Mas sobretudo
Por uma vontade de um povo
Que nada faz que nada diz
Apenas condena
O mal vem da raiz
É a mentalidade que o diz
Povo do meu pais
Levantei de novo
O explanador deste pais
Já há muito que morreu o amor há pátria
O orgulho de ser português
apelo mais uma vez ser português
É amar Portugal …
Cristina Pereira
GEMIDOS DE PAIXÃO
Quando chegas a mim,
abres o meu peito em dois.
Nele te aninhas e depois…
O amor que tu lhe fazes
lança-me em gritos de desejo!
Pois, crias em mim o desassossego
dum corpo em chamas,
a vibrar de paixão,
a cada beijo e remar teu…
E eu deixo que me navegues
por entre as ondas do meu ventre
e que me lances no paraíso
até gemer que estou no céu!
Quando chegas a mim,
abres o meu peito em dois.
Nele te aninhas e depois…
O amor que tu lhe fazes
lança-me em gritos de desejo!
Pois, crias em mim o desassossego
dum corpo em chamas,
a vibrar de paixão,
a cada beijo e remar teu…
E eu deixo que me navegues
por entre as ondas do meu ventre
e que me lances no paraíso
até gemer que estou no céu!
Antonio Montes
ESTOU INDO
Me espere meu querido amor
estou indo nessa longe estrada
vou chegar lá pela madrugada
e te presentearei com uma flor.
Carrego saudade e meu querer
com essa minha tenra paixão
vou levando esse meu coração
e com carinho amor nos entender.
Estou voando em sua direção
com recordação para te ver
e, ainda hoje eu quero te ter.
Acenda a lareira e o lampião
que o frio esta de tremer
esquentar eu irei com você.
Me espere meu querido amor
estou indo nessa longe estrada
vou chegar lá pela madrugada
e te presentearei com uma flor.
Carrego saudade e meu querer
com essa minha tenra paixão
vou levando esse meu coração
e com carinho amor nos entender.
Estou voando em sua direção
com recordação para te ver
e, ainda hoje eu quero te ter.
Acenda a lareira e o lampião
que o frio esta de tremer
esquentar eu irei com você.
Maria Teresa Costa
Momento de paixão…
Debruçando-me dei-te um beijo
Com uma mescla de luxuria e desejo…
Nossas roupas se espalharam pelo chão
E nos envolvemos em incontrolável paixão…
E naquele momento de prazer
Em que para nós o mundo parou de girar
Revelamos o nosso querer
E a nossa maneira de amar…
A noite tardou em cair
E o mundo deixou de existir…
O amor foi o único sentimento
Que marcou aquele nosso momento…
O sonho foi lindo…mas terminou
Quando já tardia… a madrugada chegou…
Deixando em mim um forte desejo
De ter tão-somente…e apenas… o teu beijo…
Debruçando-me dei-te um beijo
Com uma mescla de luxuria e desejo…
Nossas roupas se espalharam pelo chão
E nos envolvemos em incontrolável paixão…
E naquele momento de prazer
Em que para nós o mundo parou de girar
Revelamos o nosso querer
E a nossa maneira de amar…
A noite tardou em cair
E o mundo deixou de existir…
O amor foi o único sentimento
Que marcou aquele nosso momento…
O sonho foi lindo…mas terminou
Quando já tardia… a madrugada chegou…
Deixando em mim um forte desejo
De ter tão-somente…e apenas… o teu beijo…
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