apenas lágrimas
Quando o manto da noite cai
o silencio toma conta da minha alma
Os soluços sufocam-se em mim
concebidos por esta dor desvairada
infinita e dilacerante
Dor que atravessa o meu corpo ferindo-o de morte
e de meus olhos arranca todas as lágrimas
Nada sou, um alguém talvez
perdida num manto de pranto
Outrora a ilusão fez de meus dias uma canção
cuja melodia triste transformou-se em poesia sofrida
Palavras que escrevo num grito calado
rasgando em devaneios o sangue que borbulha
das feridas por sarar
Na sombra do meu ser
desenha-se o ténue fio que me liga à vida
linha frágil e desgastada de lágrimas encharcada
linha que prende os soluços
que me sufocam quando a noite cai
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