BARCA DO TEU PEITO
Embarquei na “alva barca” do teu peito
e trilhei mundos inquietos… abissais.
Deixei no hálito doce do teu leito
estrofes belas e ternuras imortais.
Mas nas águas da saudade eu fui eleito
rei de oásis transcendentes e irreais.
No delírio dos meus sonhos fui suspeito
de atear à barca do teu peito, vendavais.
Quando a noite despojava o seu esplendor
eras Venus que fugia ao seu amor,
e o mar calmo pouco mais que um rio disperso.
Diz-me, como poderei deixar de amar-te,
se para mim és música em estrofes de arte
e o teu peito contém todo o Universo?
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