quarta-feira, 3 de julho de 2013

Alda Melro

As árvores já morreram!

As árvores já morreram!
galhos secos, quebradiços
desmaiam sobre o chão
que arde e queima meus pés feridos…

Também partirei um dia
sem que haja tempo para despedidas
e nem teus beijos impedirão
que minha viagem não urja
num tempo e espaço definido...

Rosas surgirão entre meus lábios
cor de neve, chorando as saudades
dessas árvores que um dia cobriram
meus olhos e me impediram de cegar…

E porque ainda vivo…ainda toco
tua pele, teu sentir de amor apressado
correndo para mim, acariciando e
apagando este fogo descontrolado!

As árvores já morreram…
continuo aqui de pé,
nem o vento, ou o fogo
arrancarão minhas raízes…
Para sempre ficarei em ti plantada!
Sou árvore, respirando
teu sabor a maré salgada…

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