segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Valter José Guerreiro

TODOS OS DIAS

Nada quero dos deuses a não ser 
Que me deixem que nada queira
E a verdade que não sei dizer
Foge-me por entre os dedos
Oculta-me os seus segredos
Como invisível poeira.

Fica assim tão pouco para querer
Que se me não quisesses morreria
Não de morrer
Mas de viver sem ti um só dia!

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