DESASSOSSEGO
Nenhuma verdade lisa me descansa
Nem vou a algum lugar que seja meu
E se o sono a minha alma não alcança
Em vigília quem encontro não sou eu!
Tenho-me suspenso da incerteza e do abismo
E dos cais remotos e imprecisos de que parti
Não vislumbro onde queria ir
Nem sei porque cheguei aqui!
Sou hoje lucidamente estranho ao que sou
Que viver é andar indiferente ao que chego
Mas quem vai nos caminhos por onde vou
É do tamanho deste desassossego!
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