segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Telma Estevao

Não te rias, amor!

Na hora em que todos dormem
Eu abro um pouco a minha vista
Para cravar os meus pensamentos
Delicados e circulares em ti.

Se me amas,
Lê-me nas entrelinhas…
Rega e alimenta
Todos os meus sentimentos!

Não te rias, quando te digo
Que sinto em mim a tua alma
E por ti estou louca e perdida
E que tudo o que me abraça de ti fala!

Não te rias, pois a minha boca geme
Nestes verbos que escrevo
E ainda contínua fria e salgada à tua procura

É escrava do teu compasso intoxicante e fraco, amor!

Não te rias, quando o meu corpo quente
Nos sonhos que teço te procura
Atrevido e em espiral.
Contente se expande e floresce em torno do teu.

Não te rias, quando a tua voz quente
Percorre a minha alma de ansiedade
E a expectativa floresce no meu ventre
Contraindo-me as entranhas.

Na hora em que todos dormem
Sopra-me uma leve brisa, amor…
Faz com que o meu rosto alvo
Se abra num longo e delicioso sorriso.

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