segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Joaquim Jorge Oliveira

HIPNOSE

A noite veio silenciosa
Envolveu o meu corpo que por horas morreu
Levou-me inteiro para a Via-Láctea do sonho
Procurando desvendar quem és tu? Quem sou eu?
Acordei louco! Numa loucura assim..
Num estádio mágico de hipnose
À procura de ti e de mim
Dos nossos corpos à espera da metamorfose
Concretizada no mistério sem fim
Continuo louco e ávido por respostas concretas
Encantado pelo voo das lindas mariposas
E pelo esplendor da cor das suas asas abertas
Hipnotizando-me com danças maravilhosas
Acordo, penso e clamo quem me solta?
Das lianas tentaculares que me prendem ao tempo
Que passa e não volta
E rouba a vida e traz a morte misteriosa
Grito! Quem me solta? Quem me solta?
Para que possa escrever, amar e dançar
Os passes doble,tango e samba
Fundir o teu corpo no meu
Pergunto quem me solta caramba!?
O sonho esvai-se com a chegada da claridade
A madrugada e o teu beijo de saudade
E eu continuo louco e infeliz
Porque continuo sem saber,sem perceber
Quem sou? o que faço e o que fiz
Sinto-me impotente e louco,louco!
Neste meu corpo de gente errante
Por amar-te tão tanto e tão pouco
Nesta minha condição de amante
A noite silenciosa traz com ela o sufoco
Enquanto eu resisto e escrevo aqui
Que estou no sonho perdido e louco
Eternamente à procura de ti.

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