Hoje! Desejo que fujas um minuto
E te refugies na minha alma inquieta
Fujas deste mundo vil e bruto
E fiques em mim sossegada e quieta
Queres vir? Vem, vem!
Que tenho certeza te vais sentir bem
Olha! As libélulas já dançam nas flores de lótus
Enquanto nasce poema que eu faço votos
Seja a emoção suprema que o teu espírito deseja
Nas palavras destiladas na minha cabeça que lateja
Porque não adoças a tua boca com beijos?
Fecha os teus olhos de esperança e pede mil desejos
Que sustentem a razão do teu e o meu viver
Deste poema, desta sã loucura de escrever
Que surge através da janela indiscreta
Da minha mente de gente e de poeta
Esquece as bijuterias e os enfeites
Que só embelezam por fora o teu ser
Que não valorizo nem quero ver
Mas sim!o teu interior
Onde nasce a magia do teu amor
Vem! Vem beijar-me agora
Neste momento, nesta hora
Antes que termine esta efémera sensação
O cuco deixe de cantar a primaveril canção
Revela-me se gostaste desta viajem
Feita pela paisagem idílica e selvagem
Enquanto se ouve o velho relógio de cuco
E tu fugiste comigo do mundo
Apenas por um minuto
E fizeste deste poema
Hoje! O reduto
Da tua alma eterna.
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