quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Filipe Assunção

Oh…. Sopro, sopro maldito
Que me negas o ar
Que se espalha com o vento
Com as palavras cruelmente ditas

Que me tornam cruelmente inútil
Um bicho estranho
As vezes imprudentemente maluco
Vilãmente Infamo

Nas ruas que meus passos pisam
Nas palavras que invadem a mente
Nos sentimentos que me dirigem
Só a alma não esta doente

E o sopro me dita
O tempo da dor
A dor no tempo
E quantas lagrimas irão cair mais

Pelos meus jardins
De canteiros já secos
E flores já murchas
Nem as vertentes
Águas faciais
As erguem

Mas como tudo
E como o tempo
A minha alma também envelhece
E o sopro desvanece
Em minhas narinas poluídas
Pelo pó da injustiça

E o povo grita
Mas como eu
Também sabe
Que nada fica
E tudo mais é ilusão

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