sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Élia Morais Araújo

(Lembro-te)

Toda aquela noite te chorei…
E as outras que se lhe seguiram!...
Acabei no chão…a terra aberta, ocre…a revolta acesa!...
Como eu gostaria que ouvisses os meus choros…
Os gritos alegres…aqueles, quando em teus braços ainda estava!

Será que ainda existe a casa velha,
A coluna do meio, marmórea!?
A planta que a adornava, trepava como hera?
Como adorava os momentos, quando me esperavas ali!
Me afagavas com as palavras soltas, ternas da tua mão…
As melodiosas canções que largavam a tua voz meu amor…
Notas musicais que escrevias, soletravas, cantavas!...

Há momentos, que te perco, ó terra que escorres saudades,
Há momentos que te encontro…no respirar da eternidade…
Outros, em que te abraço de emoção…esmago teu coração…
E dou um nome a tantas coisas que vi, vivi…silêncio amor… só, silêncio…
Me afogo nas águas densas, vermelhas…um leito, solidão!

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