domingo, 20 de outubro de 2013

Auber Fioravante Júnior

Ao Navegar do Amar
Auber Fioravante Júnior

Em silêncios a nave partiu
Rumo ao luar despontando a leste daqui, 
Guiando-se pelas estrelas apontando em versos
Seu destino, seu livre árbitro soltando-se
Pela folha branca, por uma gama de palavras!

De Alfa à Ômega
Passa tudo pelo caminho das flores,
Trazendo dos lábios em vermelho vinho
O corpo em tecidos que esvoaçam,
Escrevendo pelo chão da nau um novo porto
Sem solidão!

Por um cálice de cristal
A bebida em avessos tântricos,
Da pele sedosa a voz em dó maior
Sem máximas, o tão somente apreço
Da carícia de embriagar, de chorar...
O pranto é verdadeiro!

Ao cruzar o equador
O sentimento alumia-se em penumbra,
Pelas cordas de uma viola a tocar
D’onde a noite caminha, lança-se
Ao leito de amar, cantar, extasiar-se
Até o mais raro sussurrar!

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