domingo, 20 de outubro de 2013

Ana Stoppa

Rondam-me amanhãs incertos

Rondam-me amanhãs incertos
Poucos amores que vem e vão
Solidão ousada afronta os dias
Melancolia desenhada no hoje

Rondam-me amanhãs incertos
Loucos sonhos desabrochados
Abraçam a menina esperança
Descortinam o céu de estrelas

Rondam-me amanhãs incertos
Ainda assim caem as armaduras
Rosas angelicais adornam a lua
Denso Cintilar sobre a alma nua

Rondam-me amanhãs incertos
Diante do amor que bate à porta
Sem pressa acomoda-se no peito
Invade a frágil alma de felicidade

Raios de luz anunciam a primavera
Perfumam a tarde brancas camélias
Serena ciranda a ternura por perto
Rondam-me amanhãs incertos...

Nenhum comentário:

Postar um comentário