“O MEU REFÚGIO”
Tiveste que te ausentar por uns dias para resolver assuntos que só tu, minha querida, podias tratar.
Aproveitei para descansar, e numa casa da serra, me fui sozinho instalar.
Mal o sol rompia no cimo dos montes acordava com o cantar dos galos,
E via as ovelhas e cabras a subiram a serra,
ao lado das águas das fontes que pareciam querer beijar a terra!
As minhas companhias eram um livro, uma flor,
o teu sorriso nos olhos, um computador,
Folhas brancas de papel
e a lembrança dos teus lábios de mel!
E lá no meu refúgio, escondido no vale daquela serra, passei horas de amargor geradas na angústia da minha solidão,
Sem precisar para escrever como outrora, de caneta tinteiro e mata-borrão!
Bastou uma impressora, que nas folhas brancas de papel escrevia pela minha mão
Molhos de versos inacabados,
Com beijos vindos do meu coração e milhões de saudades, anseios e desejos, como é próprio dos corações apaixonados!
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