quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Alfredo Costa Pereira

“O MEU REFÚGIO”


Tiveste que te ausentar por uns dias para resolver assuntos que só tu, minha querida, podias tratar. 

Aproveitei para descansar, e numa casa da serra, me fui sozinho instalar.

Mal o sol rompia no cimo dos montes acordava com o cantar dos galos,

E via as ovelhas e cabras a subiram a serra,
ao lado das águas das fontes que pareciam querer beijar a terra!

As minhas companhias eram um livro, uma flor,
o teu sorriso nos olhos, um computador,

Folhas brancas de papel
e a lembrança dos teus lábios de mel!

E lá no meu refúgio, escondido no vale daquela serra, passei horas de amargor geradas na angústia da minha solidão,

Sem precisar para escrever como outrora, de caneta tinteiro e mata-borrão!

Bastou uma impressora, que nas folhas brancas de papel escrevia pela minha mão

Molhos de versos inacabados,

Com beijos vindos do meu coração e milhões de saudades, anseios e desejos, como é próprio dos corações apaixonados! 

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