sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Rosa Ferreira

ECOS NO SILÊNCIO

O silêncio
Chega a ser assustador
Apagaram-se as luzes
Nos aposentos
Mas o clarão
Do relâmpago
Vem iluminar por momentos
Toda aquela escuridão
O silêncio é tanto
Que o simples soprar
Do vento
Ou eco do trovão ao longe
Parece um vendaval
Mas logo regressa o silêncio habitual
Qualquer ruido faz eco
Naquele corredor
Desde o simples gemido
De dor
Aquele ressonar
“Despercebido”
Que mais parece um motor
Quando está a trabalhar
Até os simples passos
No seu ligeiro arrastar
Podem amedrontar
Parecem mais sombras
Por ali a deambular
Pobre criaturas de Deus
Que andam por ali a penar
Assim são os ecos no silêncio

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