domingo, 1 de setembro de 2013

Maria Nóbrega

No rumo das palavras que perdem o sentido 
adormece o verbo, sem começo
e na linguagem que pronuncio não há a certeza dos sons que me adormecem na garganta
Soltam-se debates interiores
libertam-se monólogos infindáveis...
cheios de razões, plenos de anseios
sufocando-me pelo tempo em que não alcancei o pranto…

Mas depois
depois faço-me firmeza
E cedo apenas àquela penosa gota
que decide rebolar-se pelo meu rosto
trazendo com ela uma dose esmerada de sal
E o meu tempo corre em seu contratempo
Corre em desarmonia com o vento…
Para depois amanhecer mais forte
…e o meu caminho segue, como as estações dos homens
inundado de sóis e de muitas lágrimas
pelo qual cultivo novas manhãs,
e sonho alturas, contando estrelas...

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