segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Maria Irene Frieza

Além 

Além naquele recanto
Sujo e macabro
Alguém esvazia seu pranto
Além como num degredo
Levanta-se docemente
Sentindo o medo
Medo de sua sombra
Pensa ouvir gente
Em seu espirito demente
Além o vento a assola
Embrulhada em farrapos
Dados por esmola
Além onde apenas existe o nada
Se esvai encorcovelhada
Se arrasta sem vida
Inconsciente de que é a própria vida

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