quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Margarida Sorribas

O silêncio em relevo
nos versos em que me teço
é a corda em que tropeço
enleado no que escrevo

e a voz que me enleia
entretecida hesita
entre os sentidos da escrita
e os da voz que a permeia

e nesse intervalo denso
entre o andar e o cair
já nem logro distinguir
entre o que sinto e o que penso

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