quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Margarida Cimbolini

CHAMA

quando eu era chama ardia
exalava breves fumos que se fundiam no ar
quando eu era chama parecia
um fogo de grande tamanho
era quente ,, ou fria quando morria
queimava palavras que ninguém lia
livros que digeria ao deitar
era inferno vermelho e ardente
comia almas bebendo vinho quente
e as outras,, as apenas chamuscadas benzia
e punha no purgatório
,,lugar onde nunca ia
com medo de lá ficar
tinha muito medo do mar
,,sítio onde chama morria
cemitério ao luar,,salgado ,,,sagrado altar
,,,,era.....
,,na igreja vela que ardia,, febril a queimar
na lareira chama certeira á espreita de carne queimar
na floresta que ardia ouvia o diabo a chiar
,,e ria.....
meu pecado era água
,,onde fogo não pegava
onde a chama altaneira morre a gritar
chama ,,,fogo que ardia no peito das gentes a amar
,,deixei de ser chama no dia
,,em que por amor chorei de dor
,,a chama morreu ,,
escoiçeou como touro bravo,,
,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,, o fogo se fundiu no luar

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