segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Joel Arsenio Baptista Lira

CASTRADO, NÃO!

Já o poeta dizia: 
- Poeta castrado não sou…
e em liberdade como se gaivota eu seja,
exclamo:
Não obedeço a vontades de ninguém!
Sou espirito da minha luz,
da luz que não tem regra nem lei.
Sou candeia acesa do meu próprio caminho,
do caminho que o destino me destina
sem apelo nem agravo.
Deste caminho que só eu vejo,
cujos olhos me enxergam
nas vontades e desejos.

Sou a voz da minha própria voz
que nunca se deixou amordaçar,
nem espezinhar.
A voz
que saindo mesmo contra os ventos
levaram sempre para bem longe os meus tormentos!

Sou a voz nunca cansada
que nega ser porta voz
de todos os que querem que eu diga
o que eles não dizem
por não terem coragem de dizerem.

Não sou voz clandestina!

Se fosse gaivota
por onde não voaria eu?!
Invejo-a,
não por não ter asas, bico ou corpo
mas sim pelo seu esvoaçar
e pela sua liberdade no mundo!

Sou a expressão da minha própria expressão livre,
livre e sem convencionalismos na minha liberdade,
liberdade que começa onde acaba a de alguém .

Não sou poeta castrado, não!
Sou a razão da minha própria razão!
Sou pessoa que não se chama Pessoa.
Sou apenas eu
neste mundo que não é meu!

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