sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Joaquim Jorge Oliveira

O BAILE DAS POMBAS

Pombas brancas pacíficas do céu
Dançam sobre o teu delicado ser
Cobrem a tua alma como um véu
O espírito que não consegues ver

Eu fico em êxtase feliz e admirado
Com esse seu divino e mágico bailar
Sobre o teu corpo de mulher sagrado
Que quer deste mundo fugir e levitar

Para esse lugar enigmático e secreto
Num charme sedutor ,belo e beduíno
De dama eleita do inóspito deserto
Nesse teu desejo consagrado e divino

Eu sei a razão porque tu queres fugir
Para esse espaço de outra dimensão
Para onde também todos queremos ir
Quando desaparecermos no pó do chão

Mas tu és uma criatura, mulher especial
Que sempre encantou o meu pobre ser
Neste invólucro frágil simples e mortal
Que vou conhecer depois de eu morrer

Agora eu só preciso tranquilo de estar
Acordado para eu ver esse lindo bailado
Que fazem as pombas brancas a voar
Até conhecer o teu ser divino e sagrado

E quando isso realmente me acontecer
Estará tudo aqui no mundo consumado
Não haverá mais para eu dizer ou fazer
Senão esperar voltar a ser ressuscitado

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