sábado, 14 de setembro de 2013

Geraldo Facó Vidigal

Pobre sabiá moderno

Infelizes Sabiás, de encantados cantos
cantados por músicos e poetas.
Não percebem diferenças de matizes
entre a Luz Pública e a do Sol;
e vivem estremunhados, cantando
a duras penas um dia que chegará
apenas em algumas poucas horas.
Desmaiam assim seu canto insone,
sonhos estressados, cantos cansados.
Ao tempo do Gonçalves Dias,
Chico Buarque e Tom Jobim os dias
eram ao dia, e as noites, noturnas.
Morrem da sede do Dia, Os sabiás.
e sobem pelos troncos de sono diurno.

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