domingo, 8 de setembro de 2013

Emília Maria

O sol poente lança sombras delicadas,
nas coníferas adormecidas,
um sussurro de folhas estremecidas
neste enleio de final de verão...
e eu respiro o final de tarde,
ébria nos sentidos
nesta ode da natureza....
com sonhos acobreados
nas colinas verdejantes onde ocorrem as vindimas.
Uvas maduras,
figos apetecidos,
romãs escarlates...
folhas douradas que caem das árvores
e despenteadas rebolam no chão...
um preâmbulo de outono.
orvalhos, terra molhada, flores secas
adormecidas...
abro o meu sorriso de menina e alcanso o voo dos pássaros que vão partir.
E na quietude da tarde ,
sinto-me luz permanente,
uma sede infinita de rasgar horizontes,
cruzar vales e montes,
andar por aí feito asa de borboleta,
e regressar de noitinha
sob a lua já acesa.
E grata escutar os sons que a noite desprende...
adormecendo neste doce Setembro!

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