sábado, 21 de setembro de 2013

Carlos Manuel Alves Margarido

Se eu fosse 

Se eu fosse cego o teu perfume 
Guiava-me na escuridão
Se fosse lobo 
Uivava o dia inteiro
Aos céus para apareceres
À noite
Se o meu peito fosse o casco do barco
Tu eras a imensidão do mar
Se eu fosse a areia da praia
Tu eras as ondas que me beijavam
Se eu fosse o sol tu eras a lua
Não havia noite nem dia
Habitávamos no ninho das estrelas
Onde minguem poderia testemunhar
O nosso amor

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