segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Auber Fioravante Júnior

Aldeia de Sonhar
Auber Fiotavante Júnior

Anoiteceu, pelo vale dos versos, 
Palavras apaixonadas, ou apaixonando-se
Ao valsar das penas sobre o branco das folhas,
Benditas, conduzidas à musicalidade do pranto
Desenhando-se pela face ou pela pele de orar!

São muitos os mares e os céus
Incontidos nas mãos navegantes da luz,
Alumiando o sorver das letras flutuando
Na nudez do corpo ao leito de amar,
Dentre o rubro da organza, sonhar é preciso!

Em falsetes mágicos
Ilustra-se o poema, a carta de amor
Escrita nos moldes do arcadismo, esplendor
Refletindo-se em cada linha, em cada beijo
Tatuado pelo amor, pelo fulgor da estação!

Tudo é inspiração ao refratar
Das lanternas a meia-luz, hino da órbita
Silenciosa entre as lacunas, divinas lacunas
Preenchendo-se ao soar da paixão,
Gritos idílicos, fantasias pelo gorjear da aldeia!

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