quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Agostinho Borges de Carvalho

Adeus

Fim do verão.
Na imensidão deste desejo
perdido nesta praia,
renascem os gostos
de Outono.
Os veraneantes espelham
a luz e a mansidão
destes momentos frágeis.
Começo de vida.
Ao entardecer do sonho
da existência
aprecio ,qual sol ,fugindo,
o prazer de teu olhar.
Ternura
Indagação
Vibração
deste bater das horas.
Salpico o dia com a brisa
do vento
e os olhares poisados
no mar.
Deixo para trás a solidão
e o prazer mistura-se
com mel e bem-querer.
E nesta nesga sol
ainda formoseio
o meu corpo.
E assim se foge
do tédio.
E olho,só,
a solidão do mar extenso.
Outono é também renovação.
Cultivamos o templo interior
onde espelhamos a luz ,
e pintamos as ninfas,as nereides,
os deuses da poesia.
Eles vêm habitar
o sonho.
Sou ave que passa e leva
o teu nome
para a morada do desejo.
Sou sonho
que na harmonia de tuas palavras
escrevo tua sensualidade.
Sou sexo,temperado de
poema
que tua boca dizer:
"Ama e sê feliz"

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