Entro em ti…
E palmilho vagamente
Com a minha língua melosa
Os teus lábios, a tua boca…
Com o meu timbre misterioso
Escolho e pronuncio
Palavras de sedução
Como se estivesse a cantar-te um fado ao ouvido.
Vou abrindo prosas, mundos encobertos
Cantos obscuros de prazer.
Invadindo pensamentos e perceções sensoriais
Vou arrepiando a tua pele por debaixo da roupa…
Sabes amor! Queria tanto saber
Recitar versos claros e doces
Melodias com curvas pronunciadas
Entreabrir e murmurar suavemente
Todos os meus desassossegos
No fulgor do teu corpo sequioso
Esguio e enxuto.
Entrar com a minha língua
Perfumada de saliva
Na tua boca desnudada…
Sentir a tua respiração ofegante e alterada
E saborear-te em perfeito clímax.
Apertar os meus lábios mudos
Na tua boca e dar-te
Harmoniosas mordidelas…
Endoidecer e aquecer o céu da tua boca.
Sentir os mistérios da atmosfera
E abrir-te a noite…
Ouvir o sussurro das tuas palavras a sacudir-me o cérebro
E revelar-te calmamente todos os meus devaneios…
Num deslizar de pele contra a tua
E com o sol a dar os últimos suspiros
Sentir a sensação do teu peso ardente
Através do meu ventre
E consentir …
O reacender do meu coração…
Queria tanto saber …ser tua…Amor!
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