terça-feira, 13 de agosto de 2013

Joel Arsenio Baptista Lira

GARRAFINHA DE VINHO

Nunca m’embriaguei com álcool baptizado
mas tal não direi no amor alcoolizado…
Estou ébrio, metido em garrafa de vinho 
onde tua boca me traga de mansinho.

Entro em ti gole a gole e ficas inebriada
enquanto eu, garrafa, fica despejada!
Sem rolha, sem rótulo, tens-me na mão
e apaladas-me na tua boca o meu pão!

Sei que o juízo que se diz por ai ter
nem todos estão ao alcance do entender?!
É néctar que está dentro da garrafinha

somente para quem o quiser provar, ter,
e sem medo qu’a consciência venha dizer
eu me despejo sobre a tua alma minha!

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