segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Joaquim Jorge Oliveira

DESEJO DE ANJO

Gostava que hoje! O meu corpo cansado e dorido
Golpeasse o vento forte que vibra no vazio do espaço
E me levasse agora! Neste momento em paz contigo
Na dança mágica e serena, idílica do teu doce abraço

Gostava de saber fazer hoje os passes de Fraid Astair
Para levar o teu ser a dançar nas nuvens de algodão
Gostava ser hoje! o anjo da guarda que a tua alma quer
Levar-te na beleza do poema para outra divina dimensão

Gostava ser o teu elixir e o teu eterno sopro de vida
A chama perene que ateia no tempo a nossa paixão
Na eternidade distante em ti desejada e prometida

Gostava de ser o sangue, que anima o teu coração
O desejo, o realejo que toca, aquela música esquecida
Que agora lembro neste soneto sensível de curta duração

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