domingo, 18 de agosto de 2013

Céu Pina

Rasgada

Sou filha esquecida.
Janela, segura solidão.
Trovoadas, estalam na dor.
Gotas refletem a lua.
Campos resguardam caricias.
Linha desenhada do meu corpo.
Silêncio escorre na maciez dos porros.
Aves nos dedos,
Dez caminhos na procura do Amor.
Anel de Sol,
Aquece sangue na paixão.
Palavras vestidas na sede da noite.
Embeveço o olhar ,
Na saudade do desejo.
Volúpia rasgada,
Carne na tua carne.
Cravada lembrança,
Registo marcas,
Num corpo despido.
Escrita pela mão de um poeta,
Cheio de nada,
Num tudo feito de nada.
Poema sonhado,
Abandonado, perdido,
Numa gaveta.

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