segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Celeste Leite

A LUZ QUE PROCURO

Se fecho os olhos voo para longe, 
E toda a magia de um olhar, se reflete na luz.
Procuro seguindo o caminho, a que ela me conduz.

Solitária, falo-te da dor, sonhando encontrar a paz.
E vou assim levitando até ficar suspensa no ar, como fazia tantas e tantas vezes.
Querendo sentir-te na folhagem solta ao vento
E poder dar-te um abraço apertado.
Esquecer-me do atropelo, do sussurro das palavras,
Criando o mais belo poema de amor declamado.
Nas mais belas formas das nuvens poéticas.

Vou transformando tudo o que a minha alma cala.
Por isso não quero ficar aos bocados pela estrada da vida,
Ou entre as tábuas de um palco, como pluma ingénua,
Ou então, deixar-me ir sozinha, encontrando curvas perigosas ou seguir na direcção errada.

Nesta inibição que me turva, respiro fundo e seco as lágrimas,
Na suavidade doce do toque, de onde bem longe avisto a luz.
Quero recomeçar, mas não me quero enganar.
Quero navegar, rasgando o mar negro que carrego na alma,
Acolher-me na enseada libertando o sonho,
Sem segredos de enfrentar a morte antes da luz alcançar.
Que venha até mim sem temas copiados,
Sem ter de algum dia, eu a luz procurar.

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