terça-feira, 20 de agosto de 2013

Auber Fioravante Júnior

Tônica de Ensejos

No porto a nave aportou, 
Em sua bagagem os versos mais belos
Que já li, ecos desconcertantes d’um lábio
Rubro brilhante, amante dos ventos,
Errantes como a pena à alva folha!

Entre uma nuvem e outra
Aconteceu a lua como quem convida
Para dançar sob as estrelas do mar,
Espelhando-se na seda opereta,
Divina realeza do sentir, edos ao vagar!

Ao cantar das estrelas
O olhar lacrimeja sentindo da maresia
O beijar vindo na poesia, na filosofia
Prosaica do amor, sem pecado, pudor,
Apenas amado, sacramentado no âmago!

Da dor, o beijo marejado pelo lirismo
Do mar que sussurra pelas notas e pelas cores
D’ uma noite feita para viver à pele aveludada,
D’um momento tatuagens à alma!

Pelas leis do Livro o silêncio
O caminho seguindo-se à madruga,
Ao desejo além-ávido, lanternas ao abraço,
Ao pergaminho sensual do peito orvalhado!

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