quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Auber Fioravante Júnior

Disse o poeta em seus versos;
O marujo é próprio mar nas ondas da nau!

Não haverá poesia versejada sem musa, 
Seja lua, mulher, estrela cadente, vivente, 
Pingente no peito despido, desnudo reverso
Eco do claro sentimento pulsando do seio,
Do pranto pequeno o querer navegar!

No céu o luar esconde-se nas nuvens
Esperando o raiar da madrugada
Para trazer o poema ao escrevedor de avessos,
No apelo de um beijo na origem da face,
Do sabor tangente dos lábios, angelical!

A geada fria cobre os campos
Dando brilho ao breu, ao caminho do anverso
Que vem de dentro como o vento,
Soprando nas pedras, nos galhos vazios,
Nas palavras que se seguem na folha, inspiração!

No norte da bússola o surreal das letras
Imprimindo na página o amor em seus sentidos,
Em seus sintomas propagados pel’alma,
Por um coração entristecido, marejando juras,
Um pecado que não mora ao lado, solidão!

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