quinta-feira, 4 de julho de 2013

Victória Gomes

Sem alento…

as chamas apagaram
não se ouve crepitar
as brasas esfriaram
como esfriou meu olhar
sem alento
sem fulgor
rendo-me ao sofrimento
padeço por amor
procuro um ninho
qual ave em desvario
entre lençóis de linho
sou corpo vazio
sou rio sem água
sou mar sem ondular
sou manto de mágoa
noite sem luar
não quero dormir
não quero sonhar
apenas quero partir
voltar a sorrir
voltar a amar

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