segunda-feira, 15 de julho de 2013

Renata Rothstein

Só.

Luzes inexpressivas em líquidos céus a fria caminhada
E o último pedido as mãos unidas a brevidade da vida
A ceifa incessante das mágoas vividas jaz esquecida
Templos gélidos e um desmerecido último desejo
Cai por terra e desespera e o que não se encerra
Púrpura os meus pulsos cortados contam histórias
Os telhados de vidro e suas makes mal fabricadas
E o febril acompanhante o bobo da corte falante
Poder débil estéril murmúrios egos becos e ecos

Ainda não há o que temer belo tempo de perder
Júris alienados salteiam os gemidos absolvidos
E é só um sussurro e eu juro não compactuo
Enlace o superficial degrede o intransigente
O torpe nó polui e desembaraça é só pó
Lento e soturno cumpre sua miserável sina
As esquinas os hiatos as paradas os trapos
E os trajetos incertos supostos deméritos
Semblantes fechados tácitas faces coradas

Mas hoje é nunca fachadas e encerramentos.

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