terça-feira, 2 de julho de 2013

Gil Ordonio

A Máscara Do Meu Fingimento

No carnaval dessa minha insuportável existência
Para todos a máscara eu vesti... Menos pra ti
Nunca encontrei sentido nem tão pouco coerência
E no bloco da vida... Mesmo cansada não desisti

Foram tantos os carnavais da vida que passaram
E eu iludindo ao mundo fui sempre prosseguindo
Num frasco de lança-perfume meus sonhos se ocultaram
E nesse desfile cruel,os passos da vida fui seguindo

E mesmo embriagada pelo perfume do abandono
Deixei escorregar a máscara do meu fingimento
E cada lágrima que rolou ao viver tantos outonos
Não conseguiu fazer-me deixá-lo cair no esquecimento

Hoje o meu carnaval não tem na verdade nenhum sabor
E que no bloco da vida cansei de pra todos desfilar
Mesmo que eu retenha de tantos blocos só o amargor
Ainda assim a máscara do meu fingimento irá perdurar

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