( Heroísmos )
Cesário, olha o mar, o mar tremendo,
Que enraivece e sabe quanto o temes,
Mas lhe renegas o verde intenso
Da força bruta que cascos freme,
Castiga e enjambra o leme,
Enquanto a tua pena impressionista,
Faz de quilha, rasga a bruma e se assume,
Como um rasto de vida imediata.
Na barca blasonada, leve mente,
Tufaste velas, num vaivém,
Contornaste o medo, realmente,
Do mar imenso riste, com desdém,
Espaço já esconso para tanto herói,
Mas foste o sal, aqui e mais além.
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