Os teus beijos são frutos maduros
que se finam na minha boca,
pedaços líquidos que deixaste em
mim – noites e noites a fio, como
tinta que desenha sopros de vento.
Hálito doce que nasce um palmo
antes do tempo e irradia devagar
no âmago da nossa saliva antes do
anoitecer. Os teus beijos ainda dormem
no beco dos meus lábios, nas vielas da
minha pele como putas perdidas nas
manchas negras da vida – beija-me outra vez.
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