segunda-feira, 1 de julho de 2013

Auber Fioravante Júnior

Senhor Silêncio

Ah, quisera eu entender em lirismo 
O que escrevem as ondas do mar, 
Beijando a areia, levando veleiros
Até os portos abertos de solidão,
Ou repletos de pescadores de sonhos!

Quem sabe decifrar em anversos,
O que em alto e bom-tom diz o silêncio
Navegante altruísta de mares e marés,
Do crepúsculo emanando-se em cores
Infindas pelo olhar e o regar do jardim!

Oh, quem me dera ouvir as fases do luar
Fazendo da negritude apenas uma palavra,
Desenhando nas pautas toda uma partitura
Nua em filamentos heterônimos do coração,
Da alma planando entre os dourados da plantação!

Sentir e entender em plenitude,
Tudo que um seio desnudo e a viola enluarada
Descrevem pelos caminhos sussurrados do amor,
Afagos de paixão, gemidos incontidos deslizantes
Pela pele de orvalho, pela rosa cor de amar!

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