Nossos corações são um só
Com a cegueira…no despertar da noite
Pulsa o alvorecer e o tremor da tua presença…
Transponho glaciares, escalo montanhas
Abro fendas, toco no tecto do mundo
Só para residir, rente a ti.
A minha voz vai respirando palavras
Na vontade do tempo
Num olhar mudo
E em fraca vertigem faz ponte…
No auge do prazer
A tua voz chega e a febre alarga
Com o calor dos teus verbos.
A cada passo que dou
Os meus tentáculos
Desabotoam acessos de intimidade
Com chaves floridas e bebem luz invisível.
O mundo é nosso…e anseia
A corrente das marés ao fim do dia
O corpo da noite peregrina vago
Na tua vontade
Nesta ânsia de êxtase, palpita a seiva
Vinda da distância…num fulgor disperso.
Em campo aberto e sem fôlego
Invento a essência do céu azul
Nesta viagem sem destino
Os corações são um só, vibram em aplausos.
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