segunda-feira, 17 de junho de 2013

Telma Estevão

Sei de ti…

Sei de ti, mesmo quando nada falas

Adivinho-te nas noites estreladas
E em ecos perdidos
Sinto-te presente, nas ausências

Não sei se és vero ou pura ilusão…
Mas sei-te…

Os olhos carentes adiam o inevitável
A alma nua e sequiosa pinga chuva mansa
Dá passos incertos, foge e está presente
Sem ti não é nada…

Embriagada, trago as tuas palavras no meu coração…

Sabes-me tua, neste forte querer-te
E a vontade de retorcer…e não poder…

Sopra brando o morno vento
Ao longe o som do teu-meu lamento
E o desencontro tão profundo, desta melodia

Neste viver que não se esquece
Nem se rabisca
Neste Sul incerto e adiado
Vou ao encontro de um desejo
Que não falece…

Na escrita do meu olhar, beijo-te
Sou tudo nas tuas mãos
Prosas e versos de amor

Digo-te o que não devo…

Esta luz que me sorri
Este céu azul, quente e difuso
Que me entra na alma, sem que eu procure
Que paira sobre mim, terno e doce

Ai a minha alma vai chorando por ti …a cantar
E os meus sonhos não têm fim
Vou contigo até onde os teus devaneios me levam
Nos teus braços aprendo a amar
.

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