Canções do mar escritas
Nas árvores, o trovar
De pensamentos pelas ondar do ar
Prevê o coração
Em perfeita ebulição.
Já alguém ouviu som mais bonito
Do que o do bater as asas
Da pomba, que em sua leve
Pena escreve
Fileiras de vidas,
Suspiros e mágoas!
Que ramal apelativo,
Que segrega a palavra
No mais sublime hálito,
Um brinco sensitivo!
Mestre que lavra
A natureza nos limos do pergaminho,
No fluente sonho
Pelos campos da leitura
Se beija na metáfora.
Quantas nostalgias
E quantos amores destas
Bem-aventuradas melodias
Se crescem nos verdes campos e vão
Aos céus como borboletas
Da liberdade,
Que cintilam no mar
A humanidade.
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