sábado, 15 de junho de 2013

Ró-Mar

Falas que me amas
E como não sinto!
Vejo um pensamento
Distante, margem outra,
Que não me sai da ideia.

Talvez não seja o momento,
Mas vejo o sentimento
Que se aflora na alma.

Vejo um mar de tramas
E um naufrágio ao vento
A deambular pelas palavras.

Tua boca não é mais a mesma,
O beijo que comtempla vagueia
No vento que se enleia
À outra margem.

Talvez não seja o momento,
Mas é o inevitável tormento
Que ousas ignorar.

No meu pensamento
Solta-se o coração ao vento,
Entre o momento e a outra margem.

E, o tempo parou no interregno das tuas
Sílabas que me habitam vertiginosas
Até que o vento as leve.

E, neste convulsar
Vejo um mar de tramas alinhavar,
Que se padece da palavra breve.

Talvez não seja o momento,
Mas é a hora devassa
Que suspira no vento.

E, nestas palavras
Se esvai um coração
Que arde em paixão.

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