ESCREVO
por Margarida Cimbolini
escrevo da
minha amargura
desta suave dor
pela qual
quase me apaixono
e sei que não dura
escrevo
porque me surgem
palavras
que não procuro
antes nascem
como regatas
e parecem gratas
desfaleço em brandura
tal o amor que me inunda
de tanto esta ânsia dura
de tal modo me resgata
e me desgasta
e meiga e terna me sinto
e nada e tudo me falta
e não lanço a âncora
deixo vogar esta barca...
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