segunda-feira, 3 de junho de 2013

José Gustavo Gonçalves

CHEIO DE VAZIO

Daquilo que eu fui um dia
guardo as marcas no peito
matizei a dor e a alegria
por isso, sou desse jeito

Sou arcodes d'uma melodia
misturo verdade e defeito
ora coragem, ora covardia
síntese na qual me ajeito

De vez em quando o pranto
por vez num breve assovio
desloco-me do que é óbvio

Suspiro o desencantamento
cantando o meu desencanto
d'um mundo cheio de vazio

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