domingo, 16 de junho de 2013

José Brites Marques Inácio

AÇUDE
(JBMI)

Ao perguntarem-me o que penso
pergunto-me. Do que quereis saber?
Ao ir no vento escuta a ave
muitas palavras que quero dizer.

Represa que abraças tantas águas
quando espelhas meu amor de valer
deixas o encanto correr sem mágoas
beijo suave com voz de mulher.

Por mil perguntas que a lua faça
podes fingir que estás a dormir
não ofereças nem uma só graça.

Ave amada não deixes pedir
que me mate a sede a devassa
lua cheia no rio a fugir. 

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