quarta-feira, 19 de junho de 2013

Celeste Leite

REFLECTINDO...

Mergulho nas gotas da chuva, onde a lua vem descobrir o meu corpo.
Sinto-o nos limites da pele, com a leveza da luz, na grandeza da alma.
Sem a turbulência das águas, sente-se vontade, sente-se felicidade.
Sente-se o perfume de um beijo na doçura da rosa encantada.
Mas com a asa ferida, anda-se nos astros sem destino,
Navegando numa imensidão entre raios escaldantes
E um voo ingénuo e indulgente, onde se perde a noção de ser gente.

Mesmo que eu veja o reflexo prateado do luar no charco,
Sinto-me oprimida com a alma incrustada, afogando-me no silêncio.
E todos os meus contornos íntimos de ternura e beleza,
Desapareceram na brisa ocultada pelo brilho.

No desespero da espera incapacitada de sorrir,
Não quero sentir-me fragrância de saudade, mas sim partir.

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