sexta-feira, 7 de junho de 2013

Carlos Manuel Alves Margarido

Vou indo 

Não há rio ou mar 
Nem água que lave, 
Esta solidão encalhada
Que me gasta...
Grau a grau,
Juntou-se o pó.
Na pedra que é o coração
Agora, vou fingir
Que não ouvi,
Sem laços... golpeado
De sinais
Amordaçado, acorrentado,
Não sei de mim...
Habito esta carne velha
De dor,
Que um dia sorriu. 

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