terça-feira, 18 de junho de 2013

António Montes

PISCA

Como vaga o vaga vaga-lume
em noite de escuridão a clarear
batendo as suas asas e piscando
todavia esse é o seu fiel costume
pisca para assim poder enxergar.

Assim estas por ai sabe se lá aonde
pela noite clara nas sombras a vagar
não tem asas luz nem tem farol
mas, com seu charme sabem piscar
jogando a linha desse seu anzol.

Expõe sua tensa pintura na noite
sobre a luz dos seus altos postes
para vaga-lumes que vagam por ai
tentando assim o teu fiel enfoque.

O tempo para ti sempre é passado
e só você ainda não percebeu
nesse seu costume envergonhado
não se envergonha do que não é seu.

As estrelas de ti se escondem
e vai chorar a sua triste lágrima
a cada dia a sua fama se expande
e o senhor tempo calmo te traga.

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