sexta-feira, 14 de junho de 2013

António Montes

FLAGELO

Ali ele vai com olhos na rua, com o saco 
nas costas, seus passos lentos e o andar 
por ai. 
Ainda ontem, ele andava para cá, a roupas
surradas, aqui ali um buraco e também
rasgada.
Aparagatas de pneus nos pés, um olhar triste
no chão, um coração sóbrio embebido pela
desespero da solidão.
Com os seus olhos cansados já não olha mais
para cima. Não acredita mais no sol.
O seu mundo é um escarcéus.
Duvida que à coisas lá no céu. Ainda outro
dia tinha duas lágrimas, no rosto e um
desgosto; sentimento, saído pelo desconforto,
não aprovando o seu viver cheio de zica já não
mais indica, e nem nada pode.
Senti um certo desgosto de ser pobre; em meio
a tanta gente rica,
Em sua saúde não se senti assim tão são.
Tenta encontrar com a sua oração, já sabe que
a sua miséria todavia esteve a pé, tem certeza
que ela é a casa de sua fiel fé.
conhece o símbolo do flagelo a cruz, e sabe
toda a história de Jesus.

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